Durante a greve dos caminhoneiros, ocorrida entre 21 e 31 de maio, uma gigantesca onda de notĆcias falsas se espalharam pelas redes sociais. A maioria das informaƧƵes falavam sobre uma intervenção militar, que jĆ” estaria ocorrendo, ou a morte de caminhoneiros em confrontos com a polĆcia ou forƧas militares em pontos de manifestação pelo paĆs. Nada se confirmou.
Com a rĆ”pida disseminação de informaƧƵes pelas redes sociais e grupos de Whatsapp, uma mentira acaba sendo tĆ£o compartilhada que muita gente acredita. Foi o caso, nessa semana, de informaƧƵes sobre uma nova paralisação dos transporte no paĆs, decidida após uma reuniĆ£o entre as 10 maiores empresas de transporte do paĆs. Todas com frotas na casa dos milhares de caminhƵes.
O texto compartilhado incessantemente pelo Whatsapp e Facebook diz o seguinte:
Em uma reuniĆ£o hoje cedo as 08:00 (31/05) A Rede de Empresas de transporte e logĆstica terrestres. Decidimos parar o Brasil as 00:00 da Segunda-feira. Algumas Transportadoras decidiu ir para BrasĆlia. Algumas mandou seus funcionĆ”rios para suas casas. A PARALIZAĆĆO vai comeƧar pra VALER NA segunda feira 00:00hs (04/06). A reuniĆ£o era composta pelas Transportadoras GRANERO, TRANSPANORAMA, NEPOMUCENO, BERTOLINI, COMANDO DIESEL LOGĆSTICAS, HU RODOVIĆRIOS, JB S.A, CENTRO OESTE LOGĆSTICA, MARTELLI TRANSPORTES, OURO VERDE LOCAĆĆO, JSL S.A.
A dez maiores EMPRESAS de TRANSPORTES TERRESTRES do Brasil vai parar e agora.
Além dos texto se basear em informações disponibilizadas em uma matéria sobre as 10 maiores frotas do Brasil, contém diversos erros de português. Também, no momento que o texto viralizou, nenhuma das empresas se pronunciou sobre o movimento.
Agora, quase todas as empresas se pronunciaram pelas redes sociais e seus sites, informando que nunca houve reunião entre elas sobre esse assunto, e que não apoiam uma nova paralisação.
Conforme jĆ” divulgamos aqui no Blog do Caminhoneiro, hĆ” sim uma nova chamada para uma paralisação, em BrasĆlia, no dia 04/06, porĆ©m o coordenador desse movimento Ć© o Wallace Landim, conhecido como ChorĆ£o, que nĆ£o aceita os termos do acordo assinado por entidades, que convocaram a primeira manifestação de caminhoneiros, e o governo federal.
Esse movimento espera a adesĆ£o de 50 mil caminhoneiros. AtĆ© o momento o nĆŗmero de veĆculos parados no estacionamento do EstĆ”dio ManĆ© Garrincha nĆ£o Ć© muito volumoso.