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Scania LB76 – O primeiro caminhão cara chata da Scania

A Scania tem uma história de mais de 100 anos no transporte de cargas, chegando ao Brasil oficialmente na década de 1950. Inicialmente, a marca produzia caminhões com cabines convencionais, chamados popularmente de bicudos. Você sabe qual foi o primeiro caminhão cara chata produzido pela montadora?

O LB76 chegou ao mercado em 1963, trazendo uma cabine totalmente nova, e diferente de tudo o que a Scania havia construído até então.

O lançamento do caminhão nessa época se deu por conta do aumento das restrições de comprimento para caminhões. Assim como aconteceu nos Estados Unidos, a Europa passou a exigir que os caminhões tivessem apenas 18 metros de comprimento máximo, e o motor à frente da cabine limitava muito a quantidade de carga transportada.

Para solucionar o problema, começaram a surgir os modelos cara chata. Apesar de solucionar o problema do comprimento, o caminhão causava outros, como dificuldades na manutenção, já que a cabine não era basculante, e os serviços precisavam ser feitos pela frente, por dentro da cabine, com a remoção dos assentos e do piso, ou por dentro dos para-lamas.

Além disso, a nova disposição da cabine deixava o caminhão muito mais barulhento para o motorista, e trazia mais calor durante o verão. No então, durante o inverno, a cabine era muito gelada, porque o isolamento térmico era bem precário.

A produção durou bem pouco, apenas três anos, e entre 1963 e 1965 foram fabricadas apenas 4,7 mil unidades do LB76.

Modelos anteriores

Apesar do LB76 ser o primeiro caminhão Scania cara chata fabricado pela própria Scania, outros modelos vieram antes. Como os requisitos de comprimento para caminhões entraram em vigor quase uma década antes do lançamento do LB76, oficinas da Europa se especializaram na conversão de modelos Scania bicudos em cara chata.

Na região da Holanda, algumas oficinas realizavam a modificação de cabines, criando designs bem diferentes dos modelos originais de fábrica.

Chamados de LV75, eram feitos com base no modelo L75, que tinha a cabine semelhante aos modelos 111S fabricados aqui no Brasil, o famoso Jacaré.

As oficinas que mais se destacavam nesse serviço eram a Roset, van Eyck, de Graaff e Werkspoor. Por cerca de 15 anos, mais de 400 unidades foram construídas, com diversas variações de cabine.

Um processo semelhante era feito no Brasil, com os caminhões FNM, na mesma época. A montadora fabricava os chassis, e empresas terceirizadas forneciam as cabines, de acordo com o gosto do cliente.

No caso dos modelos Scania, a cabine do L75 era removida pelas oficinas, e cada uma instalava a cabine como parecia ser melhor para garantir conforto e praticidade.

Entre os diferenciais é que algumas cabines eram feitas de plástico reforçado com fibra de vidro. Outras tinham estrutura metálica. Muitas empresas usavam componentes de outros caminhões, como parabrisas de Mercedes-Benz e até faróis de Volvo, tudo isso para dar uma cara única aos seus modelos.

Rafael Brusque - Blog do Caminhoneiro

Nascido e criado na margem de uma importante rodovia paranaense, apaixonado por caminhões e por tudo movido a diesel.

One thought on “Scania LB76 – O primeiro caminhão cara chata da Scania

  • Manoel Maxwell Marmom

    Ele palece o fnm,o termo bicudo só foy uzado a partir dos Mercedes hpn no final dos anos 80. Antes elez eram conhecidos como fonciudos.

    Resposta

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