Torne-se capitão! A revolução do GMC Astro 95
No ano de 1968 muito acontecimentos se passavam pelo mundo: a guerra do Vietnã já durava 13 anos; Martin Luther King era assassinado a tiros; The Beatles lançava seu décimo álbum; a rainha Elizabeth II visita o Brasil pela única vez. E no universo dos caminhões surgia uma propaganda impactava: “Esteja você ao volante de um Astro 95 ou no comando de um jato particular, a diferença em seu ambiente de trabalho não será tão grande.” É o que sugeria um anúncio publicado na imprensa americana. Foi assim que se valorizou as qualidades da cabine do novo caminhão da GMC.
Revelado em 1968, lançado definitivamente em 1969, o GMC Astro 95 foi um marco na indústria automotiva de sua época. Primeiramente em comparação com a geração anterior da GMC e em seguida, em comparação com os modelos equivalentes da concorrência. O que o tornava diferente era sua cabine.
Além de um design inovador e atraente, o modelo tinha algumas características incomuns para um caminhão americano da época. Começando com o grande para-brisa, que apesar de ainda ser em duas partes, era arredondado nos cantos e maior que os da Peterbilt, Kenworth e Freightliner, comparativamente. Apenas a Mack e a White se aventuraram um pouco nesse ponto.
A cabine do Astro 95 era fabricado em alumínio, visando reduzir o peso desnecessário, e as portas eram de aço para garantir maior resistência. Nos modelos de lançamento, os retrovisores foram fixados na cabine e não nas portas, para evitar que não se danificassem nos movimentos e abertura e fechamento. Apesar de ter sido elogiado pela revista americana Overdrive, esse modelo de espelho foi elogiado pela qualidade de visão que permitia ao motorista. Porém, esse primeiro modelo (mais baixo e largo) logo foi substituído por retrovisores convencionais (mais altos e estreitos) fixados na porta.
Outro ponto positivo era as dimensões e acessibilidade do bagageiro, que foram significativamente melhoradas. Ao volante, a visibilidade era excelente por conta do grande para-brisa e o painel com um desenho que envolvia o motorista chamou muito a atenção, fazendo parecer que realmente era uma cabine de avião. O único problema relatado era algo comum da época: o acesso ao motor.