Rotatividade dos motoristas de caminhão cresce nos Estados Unidos
Um artigo publicado pelo Journal Of Commerce, dos Estados Unidos, mostra que a maioria das transportadoras estão enfrentando problemas com a rotatividade dos motoristas. Além disso, a publicação destacou que os salários seguem aumentando.
A falta de motoristas no país se estabilizou rapidamente no início da pandemia, nos meses de março e abril de 2020, quando o número de fretes caiu abruptamente. Porém, após junho, a alta demanda pelo transporte rodoviário fez com que o problema fosse acentuado.
Por conta disso, existe uma guerra entre as transportadoras para contratação dos profissionais. Apesar dos motoristas estarem trabalhando em uma empresa, outra oferece salários melhores e caminhões mais novos e confortáveis, além de outros benefícios, fazendo com que esses motoristas deixem a primeira empresa e partam para a outra. Apesar disso, o ciclo continua, com novas empresas oferecendo salários melhores e caminhões melhores… E assim sucessivamente.
“Os salários dos motoristas continuam a aumentar, já que a competição por eles é intensa”, disse o economista-chefe da American Trucking Associations (ATA), Bob Costello.
92% dos motoristas trocam de empresa menos de um ano após começarem a trabalhar nas empresas de grande porte. Empresas menores tem uma taxa de rotatividade menor, de 74%. Apesar disso, o número é 14% maior que em 2019.
Com a esperança da vacina contra o coronavírus e o fim da pandemia à vista, essa rotatividade deve aumentar ainda mais em 2021. Além disso, muitos motoristas estão se aposentando e outros simplesmente desistem da profissão, por causa das dificuldades, falta de infraestrutura e baixos salários.
A média salarial para os motoristas de caminhão nos Estados Unidos está em US$ 59.158,00 por ano, quase US$ 5 mil por mês. Apesar disso, motoristas mais experientes, com mais tempo nas empresas e que recebem mais benefícios, podem ter salários de até US$ 100 mil por ano.
Rafael Brusque – Blog do Caminhoneiro