A equipe Kamaz Master, que participa ativamente do Rally Dakar e de outras competições off-road em todo o mundo está vendendo trĂŞs caminhões especiais de sua frota para poder custear o trabalho para as prĂłximas edições do Rally Dakar. ApĂłs o inĂcio da Guerra na Ucrânia, provocada pela RĂşssia, todos os patrocinadores estrangeiros da equipe anunciaram a retirada dos patrocĂnios, deixando a equipe sem dinheiro.
Foram colocados à venda três modelos icônicos, que participaram de diversas edições do Dakar. O primeiro caminhão à venda é o Kamaz 4911 (foto abaixo), que participou da edição do Dakar de 2004. São 750 cavalos de potência, e um preço estimado em US$ 132 mil.
O próximo caminhão à venda é o Kamaz 4326 VK (Foto abaixo), que disputou a competição a partir de 2007. Ele tem 830 cavalos de potência, e o preço é estimado em US$ 168 mil. O modelo mais caro à venda é o Kamaz 43509 (primeira foto do texto), que participou e venceu o Dakar de 2019, além de conseguir boas colocações em 2020 e 2021. O preço é de US$ 967 mil. O motor desse gigante tem 1.050 cavalos de potência e ele pode acelerar até os 100 km/h em apenas 6 segundos. A velocidade máxima é de 180 km/h.
“Pode-se dizer que a vida me obrigou a fazer essa mudança. NĂŁo vejo nada de errado no fato de alguĂ©m se apropriar e enriquecer sua prĂłpria coleção com exemplares da Kamaz, que tĂŞm sua prĂłpria histĂłria. Por outro lado, nossa equipe receberá os recursos adicionais necessários que permitirĂŁo a continuidade das atividades. NĂŁo há nada de errado com isso”, destacou Vladimir Chagin, LĂder da equipe, em entrevista Ă Match TV, da RĂşssia.
A equipe tem cerca de 200 funcionários, e precisava de muitos milhares de Rublos todos os meses para poder arcar com os custos. Houve tentativa de conseguir um patrocĂnio da fabricante Kamaz, mas a empresa tambĂ©m passa por problemas financeiros apĂłs a saĂda da Daimler de uma joint-venture.
Para Vladimir Chagin, a venda dos bens Ă© a melhor saĂda para enfrentar essa crise, já que a guerra na Ucrânia e as sanções contra a RĂşssia nĂŁo tem previsĂŁo de acabar.
Rafael Brusque – Blog do Caminhoneiro