Caminhões bicudos ganham cada vez mais espaço na China
O padrão europeu de cabines, também adotado no Brasil, mudou há quase 20 anos, e as cabine bicudas foram desaparecendo. No nosso país, o último modelo bicudo era o Mercedes-Benz Atron 1635, produzido até 2020, quando ganhou até uma série especial de despedida.
De lá para cá, apenas modelos cara-chata são produzidos e vendidos, mas os modelos bicudos, mesmo usados, são muito valorizados e apreciados pelos caminhoneiros, gerando milhares de negociações todos os meses.
Essa apreço pelos bicudos tem feito montadoras chinesas apresentarem caminhões com esse estilo de cabine, oferecendo mais espaço interno e muitos itens de conforto para os caminhoneiros.
Claramente baseados em modelos norte-americanos, foram apresentados recentemente os novos JAC V5 e Shaanxi Xide-Yan 490. O primeiro é um lançamento que vai chegar às lojas ainda nesse ano.
Produzido inicialmente apenas em versão 6×4, o JAC V5 é uma variante menor e mais simplificada do V7, modelo que já é comercializado há alguns anos. De acordo com a imprensa chinesa, os dois modelos são produzidos com uma licença da americana Navistar, e são baseados nos caminhões Prostar.
O V5 traz uma grade do radiador com um formato diferenciado, com barras em forma de ferradura, algo não muito comum em veículos.
Até agora, poucos detalhes técnicos foram revelados, mas o caminhão deve receber um motor Cummins, produzido na China, com potência de até 560 cavalos e 14 litros de cilindrada. O torque máximo chega aos 2.650 Nm. Para esse modelo, o câmbio é um ZF TraXon, automatizado, com 12 velocidades.
A JAC também não divulgou detalhes ou fotos do acabamento interno do modelo, que devem ser apresentados quando o caminhão for lançado oficialmente.
Shaanxi Xide-Yan 490
O caminhão produzido pela Shaanxi foi exibido em uma reunião de revendedores da marca na última quarta-feira, 1º de fevereiro.
O Shaanxi Xide-Yan 490 será produzido apenas em versão 4×2, e é uma versão menor do modelo Shaanxi Xide-Yan 560, que é fabricado em versão 6×4. Na China, o uso de caminhões 4×2 não é comum, então essa versão deve se reservar para algum nicho muito específico de transporte.
O motor é um Cummins XI’an, de 12 litros em versão Euro 6, que entrega 490 cavalos de potência e 2.300 Nm de torque. O câmbio é Eaton, com doze velocidades em versão automatizada.
O caminhoneiro terá à disposição um caminhão bicudo, mas com uma cabine não muito maior do que os modelos cara-chata. Apenas o piso é plano, garantindo mais espaço interno e facilidade de circulação.
Nessa versão, o volante é multifuncional, e o motorista vai contar com uma central multimídia completa, com entretenimento, sistema de GPS e informações detalhadas do caminhão.
Também estão disponíveis como opcionais o banco do motorista com suspensão a ar, geladeira, tanques e rodas em alumínio. De série, o caminhão traz ar-condicionado e uma lista de sistemas de assistência para o motorista, como controle de cruzeiro adaptativo.
Os dois caminhões devem começar a ser vendidos ainda este ano, e ampliam uma lista que tem recebido cada vez mais modelos bicudos.
As leis poderiam ser diferentes, não é sr Chuck?
Pois é Sr Chuck, aqui é isso mas poderia ser diferente se não fosse esse povo que não se valoriza.
A Austrália, por exemplo, permite composições com caminhões de cabines no estilo americano engatados em três, quatro ou até cinco carretas (trailers), puxando 150 toneladas. No Canadá podem puxar bitrens com 41 toneladas de carga (a quantidade ideal para a realidade deles). Nossos hermanos nos países vizinhos, como Bolívia, Peru, Colômbia e Argentina também podem ter um caminhão de cabine americana (se tiverem $$$, é muito caro para eles mas totalmente acessível!).
Não é necessário penalizar o motorista em prol da carga e é, sim, possível que um cavalo mecânico bicudo e espaçoso puxe enormes carretas, só Brasil e Europa fazem o contrário, com a diferença de que a Europa é bem menor, tudo é muito mais perto e por isso eles tem cabines pequenas. Aqui a cabine pequena continua por causa da ganância de frotistas e políticos que só olham pro $$$ e não pro motorista. E essa a realidade que você prefere?
Pois é, Sr. Chuck, por acaso a Austrália, com seus super caminhões de 53 metros de comprimento e cabines bicudas ao estilo americano, estão perdendo em quantidade de carga transportada? A China também não está perdendo, as carretas aumentaram de tamanho e podem ser engatadas por cavalos mecânicos bicudos por lá. E o Brasil onde acham que aqui ainda é colônia NÃO CRIA seu próprio estilo no mercado de transportes de acordo com sua realidade. Pode pesquisar, existe um projeto de Lei de autoria do senador Jorginho Mello que está tentando mudar essas leis européias que não ajudam em nada os motoristas.
Se você conseguir entender que não precisa penalizar o conforto de um motorista em prol da carga, argumente comigo, se não, continue curtindo os caixotes sobre rodas com suas cabines dimensionadas para país europeu.
Por favor, Nasa, venha estudar o Brasil porque desde pequeno não consigo entender o que se passa no subconsciente do brasileiro típico.
Boa jenio, tenho certeza que o teu patrão vai topar perder 3 metros de carreta carregada pra te dar uma cabine maior.
A China é um país continental, o terceiro maior país do mundo, e para vencer as longas distâncias das rotas de transporte os transportadores se deram conta de que esses caixotes mal dimensionados sobre rodas não servem.
O Brasil deveria seguir o exemplo (nisso os chineses estão certos, em detrimento de outros assuntos), mas a banania prefere ficar no atraso e sempre copiando europeu.