Produção de caminhões cai 41% em abril
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) divulgou ontem o relatório da produção de veículos no Brasil, mostrando que o número está bem abaixo do registrado em períodos anteriores.
Nove fábricas registraram paradas de produção em abril, movimento que segue em maio, o que ajudou a derrubar a montagem de veículos de todos os tipos. Considerando todos os segmentos, foram 178,9 mil unidades produzidas em abril, número 19,4% inferior ao de março e 3,9% menor que o de abril do ano passado, quando a crise dos semicondutores estava em seu momento mais crítico.
No acumulado do ano, 714,9 mil veículos foram produzidos no país, alta de 4,8% sobre o primeiro quadrimestre de 2022.
Caminhões
Com o fim da oferta de modelos Euro 5, já que os modelos em estoque poderiam ser vendidos até 31 de março, as vendas e produção de caminhões Euro 6 despencaram.
De acordo com a Anfavea, foram vendidos no Brasil 36.440 caminhões até o final de abril, sendo 32.145 (88,2% do total) produzidos antes do final de 2022, ainda com tecnologia Euro 5, e apenas 4.295 (11,8% do total) caminhões Euro 6, produzidos a partir de janeiro.
“As vendas recuaram 16,5% sobre o fraco mês de abril de 2022, confirmando os desafios da introdução da oitava fase do programa de controle de emissões, que deixou os produtos nacionais em linha com os mais avançados modelos globais, mas com uma inevitável elevação de custo”, destacou a associação.
Produção
De acordo com a Anfavea, foram fabricados 7.255 caminhões em abril, ante 12.325 de março, uma redução de 41,1%. Quando se compara com abril de 2022, quando foram produzidos 10.072 veículos pesados, a queda é de 28%.
Entre janeiro e abril foram fabricados 31.752 caminhões Euro 6 no país, uma redução de 28,6% em relação ao mesmo período de 2022, quando foram produzidos 44.455 unidades.
Considerando as vendas de apenas 4.295 caminhões Euro 6, o estoque nas concessionárias e nos pátios das montadoras é de 27.457 unidades, número preocupante, e que demonstra que as paralisações temporárias nas fábricas ainda seguirão por alguns meses.
