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Nova geração Scania chega ao Brasil e vende mais de 300 unidades em dois dias

A Scania realizou o lançamento oficial da sua nova geração de caminhões na Base Aérea de Santos, em um evento que contou com mais de cem veículos de imprensa da América Latina. Durante o lançamento foram apresentados em detalhes cada aspecto dos novos modelos e os jornalistas puderam realizar teste-drives com caminhões de todas as linhas.

A Scania está encerrando a jornada da linha atual, conhecida como PGR neste mês. Até o final de novembro, será finalizada a produção dos modelos atuais, dos quais todas as unidades já estão negociadas, e a fábrica em São Bernardo do Campo ficará parada até fevereiro, sendo submetida a uma atualização completa de processos e sistema de produção para se adequar à nova linha, chamada agora de NTG.

Durante o evento, foi anunciado que a nova geração já estava disponível para encomendas, mesmo que as entregas só passem a ser feitas a partir de fevereiro de 2019. Apenas na segunda e terça 29 e 30 de Outubro, a Scania recebeu mais de 300 pedidos dos novos modelos. As empresas que realizaram os pedidos não tiveram os nomes divulgados.

Tudo novo

A nova geração de caminhões não aproveitou nenhuma peça da geração atual de caminhões. Todas as peças foram desenvolvidas em um trabalho de mais de 10 anos de engenharia da Scania na Suécia. Após o lançamento na Suécia, em 2016, a nova geração recebeu toda a adequação para poder ser usada em solo brasileiro. O novo design, matador em todos os aspectos, é um trabalho primoroso, que aliou forma e função em cada centímetro, buscando aproveitar ao máximo as linhas do modelo para aumentar o rendimento.

Além das novidades no caminhão, a Scania apresentou um pacote tecnológico de serviços para aumentar o rendimento dos veículos de uma forma nunca vista na indústria dos transportes. Conheça abaixo os principais aspectos de cada área do veículo.

Novas cabines

A Scania desenvolveu quatro versões de cabine para a nova linha Scania. P, G e R são denominações conhecidas, e a linha ganhou uma nova versão S, de piso plano, uma das mais altas e confortáveis do mercado.

A linha atual, que será descontinuada tem sete versões entre os modelos P, G e R. A nova linha passa a contar com 19 versões diferentes. Na Europa são 24 versões. As cinco versões que não serão produzidas aqui incluem a linha P nas versões cabine dupla e cabine dupla longa, geralmente utilizadas como veículos de bombeiros, e a linha L, com cabine rebaixada à frente do chassi, comumente usada como caminhão de coleta de lixo.

Todas as cabines nas versões P, G e R, podem ter versões de teto alto, normal e baixo, e versões de cabine curta, estendida e leito. A versão S só tem disponibilidade para teto normal e alto, em versão leito. Esse modelo é mais voltado ao segmento rodoviário de longa distância.

Além disso, a Scania passa a oferecer um pacote de robustez, denominado XT. Com ele, qualquer modelo pode ser equipado com componentes específicos para uso severo, principalmente em operações fora-de-estrada, como setor madeireiro, canavieiro e mineração.

Por dentro, o motorista tem à disposição um painel completo, com todos os equipamentos próximos das mãos, e uma área útil muito otimizada. A cabine também tem uma área envidraçada maior, e o painel mais baixo, reduzindo os pontos cegos e otimizando as manobras com o veículo.

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Novos motores

A nova geração de caminhões Scania tem disponíveis quatro motores, com onze potências distintas. Isso inclui o novo motor de 7 litros, com potências de 220, 250 e 280 cavalos de potência e torque de 1.000 a 1.200Nm, motor de 9 litros e cinco cilindros, com potências de 280, 320, 360cv e torque de 1400 a 1.700Nm, 13 litros, em versões de 410, 450, 500 e 540cv e variação de torque de 2.150 a 2.700Nm, e o V8 de 16 litros e 620cv, com 3.000Nm de torque.

A construção dos novos motores é feita em uma nova liga de aço, que suporta uma pressão interna maior, e tem novos componentes, como bicos de injeção e tecnologia XPI, que atingem pressões de até 2.400 bar. Essas novidades fazem com que o caminhão consiga uma economia de até 12% no consumo de combustível se comparado com a versão anterior.

Também há disponibilidade de versões movidas à gás natural veicular ou biometano, que trabalham em ciclo Otto e utilizam velas de ignição, com potências de 280, 340 e 410 cavalos. Um desses caminhões será usado pela empresa Citrosuco, em rotas regulares entre Matão e Santos-SP. Além da Citrosuco, pelo menos quatro outras empresas demonstraram interesse em adquirir os modelos à gás.

Novo chassi

Além das novidades citadas acima, os novos modelos Scania trazem novas distâncias de entre-eixos, visando aproximar a carroceria da cabine do caminhão, para melhorar a aerodinâmica do veículo. Em altas velocidades, acima de 60 km/h, se a distância entre o cavalo e a carreta for distante demais, formasse um vórtice de ar entre o conjunto, prejudicando a aerodinâmica do veículo e aumentando o consumo.

O eixo dianteiro do veículo também foi reposicionado, 50 mm mais para a frente. Além de proporcionar uma distribuição de peso melhorada, essa mudança reduz significativamente o ajoelhamento provocado por frenagens, reduzindo também o tempo total para parada do veículo.

Segurança

A construção das novas cabines Scania leva o que há de mais avançado em tecnologia para absorção de impactos, preservando o motorista em todas as situações. Os testes de colisão incluíram batidas frontais, laterais e tombamentos, e a cabine se mostrou altamente segura em todas as situações.

Para ampliar ainda mais a segurança do motorista, a Scania desenvolveu um inédito airbag lateral, que, em caso de tombamento, forma uma cortina para o motorista sobre o vidro da porta. O item é opcional, e pode ser integrado tanto à janela esquerda quanto à da direita, e evita que a cabeça do motorista colida com a lateral da cabine ou outros materiais que possam entrar na cabine.

O tombamento é um dos tipos de acidentes mais perigosos para os motoristas de caminhão. O acionamento do sistema se dá quando os sensores do caminhão percebem um tombamento eminente, e deflagra a cortina a partir do teto do veículo.

Serviços

Além de toda a tecnologia embarcada, os caminhões são equipados de fábrica com um módulo de telemetria, que mede todos os dados do veículo. Com ele é possível que o proprietário do veículo tenha uma série de informações detalhadas sobre o caminhão, desde a forma que está sendo dirigido até o peso da carga, indicando ainda manutenções preventivas e corretivas a serem efetuadas.

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Outra novidade é o Plano de Manutenção Scania Fleet Care, um serviço que funciona por meio de um gestor coordenado pela rede de concessionárias da marca. Nele, o gestor de frota da concessionária atenderá o caminhão de forma completa, indicando ao proprietário, se necessário, ações para serem tomadas para ampliar o uptime do veículo.

De acordo com a Scania, em uma operação de testes em São Paulo, uma transportadora obteve um aumento de cerca de 20% na disponibilidade de seus veículo, reduzindo os tempos de paradas não programadas praticamente a zero.

Além disso, o PMS Fleet Care cobre todos os custos de manutenções preventivas e corretivas.

Mercado

A Scania espera um crescimento de 10% no mercado de caminhões em 2019. Nesse ano, até o último dia de outubro, a Scania vendeu 6.655 caminhões. O total de caminhões vendidos no Brasil em 2018, de janeiro a outubro, é de 61.056, cescimento de 51,16%. Se a previsão da Scania se confirmar, em 2019 poderão ser vendidas cerca de 80 mil unidades.

Para o segmento acima de 16 toneladas, no qual a Scania atua, o crescimento esperado é de até 20% nas vendas.

“O setor de caminhões vive momento de recuperação ao longo do ano. A tendência é seguir este movimento para 2019”, afirma Roberto Barral, vice-presidente das Operações Comerciais da Scania no Brasil. “A ressalva é que não sabemos como se comportará o mercado em geral quando o novo presidente colocar em prática sua política econômica. Já firmamos nosso investimento de R$ 2,6 bilhões até 2020 e confiamos no potencial do País.”

R 440 é o caminhão mais vendido da Scania no Brasil

De acordo com o ranking da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) e do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), o R 440 é o caminhão mais emplacado de toda a indústria dos últimos três anos. Com as 3.588 unidades registradas até setembro, ele também lidera a categoria dos pesados (13% de participação) desde 2016. São 555 produtos a mais que em 2017.

Somando todas as vendas do R 440 desde o lançamento, em 2012, já são 31.346 unidades. Desde outubro de 2017, o modelo se tornou o mais comercializado da história da Scania no Brasil, ultrapassando o lendário T 113 H 4X2 360 (com 19.314).

Rafael Brusque - Blog do Caminhoneiro

Nascido e criado na margem de uma importante rodovia paranaense, apaixonado por caminhões e por tudo movido a diesel.

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