Um advogado disponĂvel sempre que necessário Ă© o novo “garoto propaganda” da empresa Central Florida Transport (CFT). Ele trabalha todos os dias, em horário comercial, e oferece todo tipo de suporte que os motoristas necessitem.
O suporte, essencialmente, Ă© de caráter jurĂdico, mas tambĂ©m sĂŁo feitos agendamento de consultas mĂ©dicas e trabalho de gerenciamento de receitas. Esses advogado tambĂ©m vai trabalhar em contato direto com motoristas, tentando entender o que possa estar errado e melhorar na transportadora.
Parece estranho, mas essa Ă© uma das formas da empresa da FlĂłrida em convencer os motoristas a permanecerem trabalhando, evitando a rotatividade. Para a empresa, Ă© preciso fazer mais do que o possĂvel, para evitar perder caminhoneiros.
Em seu site, a empresa destaca a contratação de motoristas diretamente, para operar a frota própria, e também terceirizados, que podem faturar até US$ 250 mil brutos ao ano. O salário médio para os motoristas contratados fica acima de US$ 50 mil ao ano.
Nos últimos anos, quase todos os motoristas da empresa trabalhavam por menos de 12 meses antes de buscar um novo local de trabalho. Essa alta taxa de rotatividade fez a empresa investir pesado no setor de recursos humanos, para atender mais plenamente às necessidades dos motoristas e começar a oferecer planos de aposentadoria pela primeira vez nos 30 anos de história da transportadora.
De acordo com a American Trucking Association (ATA), a taxa média de rotatividade das grandes empresas de caminhões era superior a 90%. A ATA alerta que faltam cerca de 80.000 caminhoneiros nos Estados Unidos, mas especialistas do setor se opuseram à ideia, dizendo que o problema tem mais a ver com retenção do que com recrutamento.
Mesmo com vários benefĂcios e salários mais altos, contratar e reter os trabalhadores no setor de transportes tem sido cada vez mais difĂcil nos Estados Unidos.