ANP vai exigir corante no óleo diesel marítimo para evitar fraudes
O óleo diesel marítimo, com maior teor de enxofre, tem a mesma cor do diesel S10, vendido nos postos de combustível para caminhões. Por isso, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou a revião de uma regra que pode exigir que o combustível passe a contar com um corante.
A medida irá revisar a Resolução ANP nº 903/2022, que dispõe sobre as especificações dos combustíveis de uso aquaviário e suas regras de comercialização. A alteração proposta é a inclusão da obrigatoriedade de adição de corante ao óleo diesel marítimo.
A ANP diz que o objetivo da proposta é diferenciar, visualmente, o óleo diesel marítimo do óleo diesel rodoviário S10, coibindo, assim, possível comercialização irregular do produto. A ANP recebeu denúncias de que o combustível marítimo estaria sendo comercializado como se fosse o rodoviário, já que possui preço menor.
“Os dois produtos possuem especificações distintas entre si, e o uso do diesel marítimo em veículos automotivos pode causar problemas no motor, danificando o sistema de pós-tratamento, uma vez que este diesel pode conter até 0,5 % de enxofre (5000 mg/kg de enxofre). Assim, como consequência pode gerar uma maior emissão dos gases resultantes da queima do combustível”, destacou a agência.
Em testes realizados no Centro de Pesquisas e Análises Tecnológicas da Agência (CPT), foi apontada a utilização de um corante violeta no combustível marítimo. A mudança de cor não impacta na combustão do produto, nem causa problemas aos motores.