Na última semana estivemos em Sete Lagoas, junto à outros blogueiros, Lucas Duarte do blog Caminhões e Carretas, Érico Rafael do Midia Truck Brasil, e também com dois colunistas do Blog da Iveco, Wagner Araújo e Cristiano Bueno. Além de ser um visita técnica à fábrica, onde pudemos conhecer em detalhes os processo e produtos, também tivemos a oportunidade de fazer um teste em três modelos de caminhões Iveco.
A visita se iniciou pela área de montagem da carroceria do furgão Fiat Ducato, de onde também saem Peugeot Boxer e Citröen Jumper, que são basicamente o mesmo modelo, com alguma alterações entre versões. Nessa área também feita a montagem das cabines dos caminhões Iveco, com exceção de Trakker e Vertis, que são modelos importados da Europa e China, respectivamente. Mesmo que a planta tenha muita automação, com o uso de diversos robôs, a mão-de-obra humana é presente em todas as etapas.
Todos os processos feitos em cada uma das cabines leva em consideração à qualidade final do produto, onde qualquer defeito apresentado é corrigido. Caso seja um defeito grande, todo o produto é descartado. Porém esse extremo não é frequente, visto que todos os processos produtivos tem um alto e rigoroso controle de qualidade.
A prĂłxima etapa do processo Ă© a cabine de pintura. Todos os caminhões passam por uma criteriosa sĂ©rie de banhos quĂmicos, onde as chapas metálicas cruas sĂŁo tratadas para evitar corrosĂŁo e problemas de desgaste prematuro. Depois disso, as peças passam em uma estufa de cura, a cerca de 160ÂşC, onde sĂŁo “assadas” e saem na cor caramelo. Posteriormente recebem uma camada de PVC na parte inferior, tambĂ©m conhecida como “bate pedra”. Finalizado esse processo as cabines sĂŁo enviadas Ă sala de pintura, onde passam por uma sequĂŞncia de pintura manual e automatizada, e finalmente estĂŁo prontas para a montagem final.
Em geral, a maioria dos modelos saĂ de fábrica na cor branca, que pode ser explicado pela facilidade da cor para personalização de frotas, sendo a cor mais comum no paĂs. PorĂ©m a linha de cores do grupo CNH Ă© extensa, e todo o sistema Ă© preparado para fazer caminhões na cor que o cliente preferir.
A próxima planta é onde ocorre a montagem final dos modelos. Basicamente são linhas de montagem em formato de M. Por uma perna entra o chassi, que é montado completamente e na outra perna entra a cabine crua, onde recebe todos os acessórios e componentes internos para no final se unir com o chassi e sair pelo meio do M, até a finalização completa do caminhão.
As linhas de montagem são divididas em leves, médios e pesados, além da linha Ducato, da Fiat. Também é montado nessa área o chassi 170S28, ônibus urbano da Iveco que vem sendo muito bem recebido pelos frotistas e conquista uma pequena mas crescente fatia de mercado.
A tarde pudemos fazer o que gostamos de fazer: DIRIGIR. Foram disponibilizados trĂŞs modelos, sendo uma Daily 35S14, um Tector 240E30s e um Stralis Hi-Way 800S560TZ 6×4. A pista de testes da Iveco tem 1.630 m de comprimento, e tem formato oval. Nela tambĂ©m há uma área para testes de blindados, como o Guarani, tambĂ©m produzido na fábrica da Iveco, mas que nĂŁo tivemos acesso por questões de segurança do projeto, visto que Ă© feito em parceria com o ExĂ©rcito. TambĂ©m há, em anexo Ă Â pista, uma área de asfalto super-liso, de modo a reduzir consideravelmente os ruĂdos de rolagem dos pneus, para testes de emissões de sons dos caminhões e tambĂ©m uma pista off-road.
A pista de teste Ă© asfaltada, com as curvas com ângulo, e reproduz com precisĂŁo as nossas estradas, com ondulações e vibrações tipicas do asfalto brasileiro. Tivemos a oportunidade de testar trĂŞs caminhões novinhos, recĂ©m saĂdos da linha de montagem. A Daily tinha apenas 36 km marcando no odĂ´metro.
A Daily é o caminhão-carro, ou carro-caminhão. É simples de dirigir, tem excelente aceleração, bom poder de frenagem e responde muito bem em retomadas. Além disso se mostra com excelente dirigibilidade. A grande vantagem deste caminhãozinho é poder ser dirigida com carteira de habilitação categoria B.
O Tector é um excelente caminhão. Pudemos testar a versão de 280 cavalos e teto baixo, na configuração 6X2.  Dentro do caminhão, o isolamento acústico cumpre bem o seu papel, os sons externos são minimizados e o motor é ouvido sem fazer o ouvido sofrer. E o motor ronca suave, mas mostra sua força. O câmbio manual bem escalonado faz com que as trocas de marcha sejam feitas sem esforço, com engates fáceis e precisos.
O Hi-Way 800S560TZ 6×4 Ă© o caminhĂŁo mais completo da Iveco. Trata-se da versĂŁo com motor de 560 cavalos, tração 6×4 e cabine leito teto alto. O conforto Ă© excepcional. A cama Ă© excelente. A posição de dirigir Ă© confortável e a visĂŁo externa Ă© grande graças a grande área envidraçada. O volante tem regulagem pneumática de posição, assim como o assento. A cabine Ă© ampla, com vários porta-objetos. Em resumo, Ă© um caminhĂŁo potente, confortável e econĂ´mico. O teste de rodagem mostra tambĂ©m uma cabine silenciosa, com rodar macio. A frenagem, que combinada com o sistema de freio motor e intarder, chega Ă quase 1.000 cavalos de potĂŞncia, faz com que o caminhĂŁo pare sem o uso do pedal de serviço. Claro que este teste foi feito com o veĂculo sem implemento, mas mostra o real poder de frenagem do caminhĂŁo.
Nesta visita pudemos ver e conhecer ainda mais os produtos da Iveco Latin America, e a sinergia entre as empresa do Grupo CNH Industrial, e a força que a Iveco tem no Brasil. O Blog do Caminhoneiro agradece a oportunidade dada pela empresa!