FNM bicudo teve poucas unidades produzidas no Brasil
Os caminhões produzidos pela Fábrica Nacional de Motores começaram sua história no final dos anos 1940, após assinatura de um contrato com a Isotta Fraschini. O caminhão D7300 seria fabricado na Itália e enviado parcialmente desmontado ao Brasil, onde seria finalizado na Fábrica Nacional de Motores, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro.
A ideia era boa, para uma imensa fábrica construída no início da Segunda Guerra Mundial, planejando a produção de motores de avião, e que logo ficou sem serventia. A guerra acabou e os motores se tornaram obsoletos.
Com os caminhões, a fábrica poderia ter uma longa vida, ajudando a levar desenvolvimento a todo o país.
Com o contrato firmado com a Isotta Fraschini, cinquenta unidades do caminhão foram enviadas ao Brasil em 1949, onde foram montadas em novas instalações dentro da Fábrica Nacional de Motores.
Era um caminhão bicudo, diferente dos modelos posteriores e mais conhecidos da FNM, com projeto datado da década de 1930. Na Itália, era chamado de Isotta Fraschini D80, e foi produzido até 1955.
A cabine era produzida pela empresa Zagato, e oferecia um certo nível de conforto para o motorista. A grade dianteira ostentava um grande ornamento de cinco faixas cromadas.
A motorização, chamada de I6 Diesel, tinha 7,3 litros, ou 7.300 cilindradas, daí o nome do modelo FNM, e produzia 95 cavalos de potência. Foi o primeiro caminhão com motor diesel fabricado no Brasil.
A capacidade de carga era de 6,5 toneladas, e podia facilmente ser adaptado para rebocar composições do tipo romeu e julieta.
Para a imprensa brasileira na época, o investimento nos caminhões Isotta Fraschini era um gigantesco disperdicio de dinheiro público, já que a produção, mínima, era vendida com muito prejuízo.
No primeiro ano de produção, apenas 50 caminhões foram montados por aqui. Menos de 30% das peças chegariam a ser nacionalizadas. No ano seguinte, 1950, outras 150 unidades foram fabricadas, e a história se encerrou por aí.
No final de 1949, a Isotta Fraschini entrou em processo de falência, e acabou encerrando o contrato com a FNM de forma abrupta.
Os caminhões, apesar de robustos para a Itália, não aguentavam bem as duras estradas brasileiras, sendo a maioria sem pavimentação. E como não se conseguiu aumentar o índice de nacionalização do modelo, a produção se encerrou com apenas 200 unidades.
Depois disso, o governo da Itália deu ao Brasil as opções Fiat e Alfa Romeo, sendo a segunda a escolha para seguir a fabricação por aqui. Pouco tempo depois, os primeiros FNM D-9.500 saíriam da linha de montagem da FNM, já com o visual cara chata, que se popularizou com esses modelos.
Em poucos anos, os poucos D-7.300 fabricados foram sumindo. Aparentemente, hoje em dia não resta nenhum caminhão desses no Brasil. É uma parte interessante da história, mas que se perdeu no tempo.
Trabalhei lá, peguei FNM,ALFA E FIAT….todos projetos de brasileiros por força de contrato era patente da fábrica…fiz dois projetos de muita repercussão…..
950cv kkkkkkk.
A engenharia de hoje tem muito oque.
Erramos. O correto é 95 cv de potência. Obrigado por avisar.
950 cavalos….em 1949 ? ….Verifique …..
Erramos. O correto é 95 cv de potência. Obrigado por avisar.