Ideia de transporte de caminhões novos não foi aprovada no Brasil
Até hoje, boa parte dos caminhões novos produzidos no Brasil são entregues das fábricas para concessionárias e clientes rodando. Por isso, é comum ver os chamados “cavalinhos” novos rodando desengatados.
São poucos os veículos novos entregues sobre carretas tipo prancha, e, para cada caminhão novo, é necessário um motorista trabalhando, e uma quantidade de combustível a ser consumida.
Porém, na década de 1970, uma ideia poderia ter revolucionado esse setor em específico, com um motorista entregando até cinco caminhões de uma única vez.
A ideia foi da concessionária Mercedes-Benz Samadisa, de Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo. Em 1976, foi desenvolvido um sistema de engate múltiplo para os caminhões, que, de acordo com informações de época, garantia segurança, agilidade e não ultrapassava os limites de dimensões estabelecidos.
Em testes, a composição conseguia desenvolver velocidades na casa dos 70 km/h sem dificuldades, além de manter a segurança em frenagens e curvas.
Mas, apesar das vantagens, o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), que atuava no controle das rodovias no Brasil naquela época, não deu a autorização necessária para a combinação rodar.
A Samadisa vendia cerca de 30 caminhões por mês, e as entregas consumiam até 6 mil litros de óleo diesel. Se fosse aprovada, a composição com a remonta dos caminhões poderia economizar cerca de 70 mil litros de diesel por ano em apenas uma concessionária da marca.
Um sistema bastante parecido a esse é usado nos Estados Unidos até hoje. Chamado de Piggy Back, o sistema consiste no transporte de caminhões novos por acoplamento na quinta roda, economizando muito combustível e agilizando as entregas. Saiba mais abaixo:
Piggy Back – O curioso sistema de transporte de caminhões novos nos Estados Unidos
