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Caterpillar teve linha de caminhões rodoviários até 2016

A Caterpillar é conhecida pela fabricação de alguns dos maiores caminhões e equipamentos de mineração do mundo. Gigantes ostentando a marca CAT são vistos em minas de todos os tipos por todo o planeta, e a tecnologia desses monstros nunca parou de evoluir. Mas você sabia que a Caterpillar teve uma linha de caminhões “normais”, voltados para o segmento vocacional, com vários modelos, entre 2011 e 2016?

A produção começou em 2011, em uma parceria com a Navistar, por meio de uma Joint Venture chamada de NC² Global, que foi criada dois anos antes, em 2009. Por meio da parceria, as duas empresas se beneficiariam da troca de tecnologias, para construção de uma linha completa de caminhões para a América do Norte e para exportação.

O primeiro caminhão fruto desse “casamento” foi o Caterpillar CT660. O caminhão nasceu em 2011, e tinha motores Caterpillar CT11 e CT13, que eram produzidos pela Navistar, baseados nos Navistar MaxxForce, que equipavam caminhões International.

Cerca de três anos depois, a marca apresentou outro modelo, o CT680, que era um cavalo mecânico, e tinha o eixo dianteiro avançado, e um capô mais quadrado, permitindo o uso de motores maiores. Outro modelo, voltado às basculantes e betoneiras, foi o CT681, também com o capô mais tradicional.

Em 2015, apesar das tentativas da marca, as vendas totalizavam apenas 1.000 unidades anuais, o que era muito pouco comparando com o tamanho do mercado norte-americano.

Pouco depois, a empresa tentou uma ampla reestruturação do negócio, transferindo a produção para uma fábrica própria, no Texas. Inicialmente, todos os modelos eram produzidos em uma fábrica da Navistar no México.

A montadora investiu na nova fábrica, com a transferência das linhas de montagem, além de contratação e capacitação de cerca de 200 profissionais que atuariam na fabricação dos caminhões.

Em 2016, a Navistar passou a produzir uma linha de caminhões própria, baseada na tecnologia Caterpillar, mas com um novo design, se distanciando da marca Cat.

E foi em 2016 mesmo que chegou ao fim essa linha de caminhões. A Caterpillar iniciou um enorme processo de reestruturação, e a linha de caminhões rodoviários CT foi descontinuada. Na época, pelo menos 70 pessoas foram demitidas.

O grande problema para a montadora foram as baixas vendas, que não justificavam os investimentos contínuos que são necessários para que os caminhões continuassem a cumprir todas as legislações, oferecendo tecnologia, conforto e redução de emissões.

Na época, era esperado que a Caterpillar ampliasse a linha de modelos, especialmente com a chegada de caminhões com motores mais potentes, de 15 litros e até 600 cavalos, o que nunca aconteceu.

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A Caterpillar também era uma das marcas mais consagradas nos Estados Unidos no fornecimento de motores rodoviários, sendo um opcional para todas as grandes marcas de caminhões no país, mas decidiu se retirar desse mercado em 2010, quando a legislação ambiental ficou mais rigorosa.

Com o fim da produção dos caminhões, a Caterpillar saiu completamente do mercado de caminhões convencionais, focando exclusivamente em equipamentos de mineração e industriais, como geradores, caminhões fora de estrada e máquinas.

Hoje, os caminhões Caterpillar já são bastante raros, mesmo nos Estados Unidos, já que o tempo médio de vida útil por lá é de cinco ano.

Uma curiosidade é que o design desses caminhões, especialmente o CT660, é usado em brinquedos e miniaturas, vendidas exatamente como o modelo era, mas sem a marca CAT na grade dianteira.

Rafael Brusque - Blog do Caminhoneiro

Nascido e criado na margem de uma importante rodovia paranaense, apaixonado por caminhões e por tudo movido a diesel.

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