O ano passado não foi fácil para ninguém. Uma pandemia afetou tudo e todos, e as previsões animadoras de janeiro/2020, que eram extremamente positivas, se transformaram em uma pesada recuperação econômica após um tombo enorme nos meses de abril e maio, em todos os setores da economia.
Com o setor de transportes não foi diferente. O número de fretes naqueles meses despencou, e as dificuldades foram enormes. Com a paralisação dos transportadores, as montadoras também tiveram a produção afetada, e a venda de caminhões novos caiu muito.
A partir de julho a recuperação foi mais forte, e o número de vendas foi se estabilizando. Nos meses de novembro e dezembro foram emplacados 9.022 e 9.636 caminhões, respectivamente.
O número de unidades vendidas no ano todo foi de 89.207 unidades, mais de 30 mil abaixo da previsão da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores – Fenabrave, que estimava 120 mil unidades vendidas em 2020.
Apesar da queda, as vendas ainda foram boas. Só não foram melhores porque muitas montadoras não conseguem entregar todos os caminhões que estão encomendados, devido à falta de componentes para produção, já que algumas empresas, principalmente fornecedoras de fora do Brasil, enfrentam paralisações na produção devido à uma segunda onda do coronavírus.
Em número totais, o segmento dos caminhões pesados ainda é o mais representativo, com quase 49% do total de caminhões vendidos sendo desse tipo.
Por isso, mais uma vez, o caminhão mais vendido de 2020 é um pesado. O Volvo FH 540, modelo rodoviário para longas distâncias, emplacou 5.870 unidades em 2020.
O número é 1.412 unidades a mais que o segundo colocado, o Volkswagen Delivery 11.180, que registrou 4.458 unidades vendidas. O modelo é muito buscado por transportadores que realizam distribuição urbana, como no transporte de bebidas.
Os demais modelos da lista dos mais vendidos você confere abaixo, com o desempenho das vendas em novembro e dezembro, e no acumulado do ano.
MODELOS MAIS VENDIDOS |
||||
POSIÇÃO | MODELO | NOV/20 | DEZ/20 | ACUMULADO |
1º | VOLVO/FH 540 | 602 | 707 | 5.870 |
2º | VW/MAN/11.180 | 377 | 345 | 4.458 |
3º | VOLVO/FH 460 | 438 | 568 | 3.936 |
4º | VW/MAN/24.280 | 318 | 402 | 3.577 |
5º | SCANIA/R450 | 492 | 637 | 3.576 |
6º | VW/MAN/9.170 | 327 | 268 | 3.199 |
7º | M.BENZ/ACTROS 2651 | 373 | 317 | 3.131 |
8º | DAF/XF105 | 39 | 8 | 2.924 |
9º | M.BENZ/ATEGO 2426 | 262 | 321 | 2.527 |
10º | M.BENZ/ACCELO 815 | 204 | 255 | 2.186 |
11º | M.BENZ/ACCELO 1016 | 204 | 265 | 2.179 |
12º | M.BENZ/ATEGO 1719 | 207 | 191 | 2.089 |
13º | VOLVO/VM 270 | 180 | 211 | 1.932 |
14º | M.BENZ/SPRINTER 416 | 183 | 221 | 1.833 |
15º | M.BENZ/ACTROS 2546 | 164 | 56 | 1.739 |
16º | SCANIA/R500 | 112 | 153 | 1.672 |
17º | M.BENZ/AXOR 2544 | 187 | 116 | 1.603 |
18º | M.BENZ/AXOR 3344 | 110 | 165 | 1.364 |
19º | VW/MAN/17.190 | 137 | 183 | 1.337 |
20º | VW/MAN/TGX 28.440 | 37 | 24 | 1.224 |
Rafael Brusque – Blog do Caminhoneiro