Greve de caminhoneiros tem baixa adesão e governo confirma rodovias livres

Apesar das informações de uma possível greve de caminhoneiros que começaria hoje, 1/2, a Polícia Rodoviária Federal e o Ministério da Infraestrutura destacaram que não existem bloqueios totais e parciais em rodovias federais de todo o Brasil.

O chamado para a greve foi realizado inicialmente pelo CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário De Cargas), e as reivindicações pedem redução do valor do óleo diesel, com o fim da política de preços atual da Petrobras, que leva em consideração os valores internacionais do petróleo para elaboração dos preços nas refinarias, além fiscalização para o efetivo cumprimento da política do piso mínimo de fretes, e outros.

A paralisação foi bastante divulgada nas redes sociais nas últimas semanas, mas, hoje pela manhã, a paralisação não se confirmou.

Caminhoneiros, em grupos nas redes sociais e em aplicativos de trocas de mensagens, já enviavam vídeos de rodovias livres, sem nenhum tipo de bloqueio, em todo o Brasil.

Na cidade de Barueri, em São Paulo, foi registrada uma movimentação pequena de caminhoneiros, que interromperam o fluxo de veículos em duas pistas da Rodovia Castello Branco. O grupo segue em caminhada pela rodovia.

Governo estuda medidas

O Governo Federal, principalmente por meio do Ministério da Infraestrutura, tem trabalhado junto com os caminhoneiros para promover melhorias para a classe. Entre as medidas já adotadas, estão a criação de cooperativas de caminhoneiros autônomos, que são incentivadas pelo ministério, pelo programa Roda Bem Caminhoneiro, além de medidas como:

Prioridade para vacinação contra o Covid-19

Profissionais que atuam na área de transporte foram incluídos pelo Ministério da Saúde no grupo prioritário para receberem a vacina contra o coronavírus. O cronograma será divulgado em breve, e o caminhoneiro precisará comprovar a profissão por meio de documento para poder receber a vacina.

Redução de impostos

O governo estuda a redução de Pis e Cofins incidentes sobre o diesel, para reduzir o valor de venda aos caminhoneiros. O Presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que o governo está fazendo as contas para conseguir mudar o sistema do Pis/Cofins do diesel, mas que cada centavo retirado do preço do litro do diesel causa um rombo de R$ 800 milhões por ano às contas do governo.

Outra medida recente foi a isenção de tarifas de importação para pneus importados para caminhões, que era de 16% anteriormente. O objetivo do governo é reduzir os custos para o transporte rodoviário.

Tabela de fretes

Implantada em 2018, após a greve nacional de caminhoneiros, ainda no Governo Temer, a Política Nacional dos Pisos Mínimos de Fretes, conhecida como tabela de fretes, tem sido fiscalizada pela ANTT.

Apesar disso, e das mais de 13 mil autuações pelo descumprimento da lei, o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse, em conversa gravada com um representante dos caminhoneiros do Rio Grande do Sul, que a tabela é ineficaz, por causa das circunstâncias em que o Brasil se encontra.

Fiscalização de peso

O governo também estuda uma mudança no sistema de pesagem de caminhões, atualmente por eixo. De acordo com o Ministro da Infraestrutura, que participou de live com o presidente Jair Bolsonaro recentemente, caminhões com até 50 toneladas passaria a ser pesados pelo peso bruto total combinado, acabando com as multas por excesso de peso nos eixos.

Pedágios

O governo também estuda uma nova forma de cobrança para deixar os pedágios mais baratos. De acordo com a pasta, as novas licitações para concessão de rodovias federais serão feitas em novo formato, que deixarão as estradas melhores e mais baratas para os usuários.

Documentação

Outra medida já em estudo é a unificação de todos os documentos das operações de transporte em um único documento, que reduzirá a burocracia e agilizará a logística no país.

Rafael Brusque – Blog do Caminhoneiro

Rafael Brusque - Blog do Caminhoneiro

Nascido e criado na margem de uma importante rodovia paranaense, apaixonado por caminhões e por tudo movido a diesel.

5 thoughts on “Greve de caminhoneiros tem baixa adesão e governo confirma rodovias livres

  • 19/02/2021 em 12:05
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    CHUCK, Concordo plenamente, mas o que alguns sindicatos estão fazendo para desmobilizar ao invés de mobilizar a categoria é um absurdo!
    É festinha, churrasco, sorteio de caminhão, pneu, óleo lubrificante e assim tem mostrado a quem esses sindicatos estão servindo, a categoria sei que não é!
    Os colegas desinformados entram de cabeça em apoio a essa cambada de entreguistas e cabo eleitoral do governo, não percebam que estão a caminho do “matadouro”.
    O certo é que estão como o “cabo Anselmo”, reúnem uns poucos que se deixam ser manipulados, conversam para saber o que a categoria pensa e passam aa informações para o “ministro” que diz está de portas abertas para receber a categoria, desde que essa “categoria” aceita tudo que ele impõe!
    Sindicato de verdade não faz festa principalmente quando categoria está passando pelas dificuldades impostas por essa politica de beneficiar acionistas e destruir o trabalhador brasileiro!
    Sindicato enfrenta a situação de peito aberto, tive até ânsia de vomito ver o que se diz um “representante” da categoria dizer: Tenho orgulho de representar a vocês, continuem trabalhando a favor do Brasil!, pergunto: que Brasil é esse, só poder ser o Bra$il do mercado, o meu que não é!
    Na cara do sujeito percebe-se a trairagem manifestada!!

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  • 02/02/2021 em 20:22
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    BAIXA ADESÃO AGORA , QUANDO PIORAR PARA VALER , VAI TER CAMINHÕES SEM PNEUS, QUEBRADO NAS RODOVIAS BRASILEIRAS E CAMINHONEIROS SEM CONDIÇÕES DE ABASTECER OS CAMINHÕES , AÍ VAI TER ALTAS ADESÕES. O GOVERNO FEDERAL BOLSONARO TEM QUE FAZER ALGUMA COISA . O MINISTRO TARCÍSIO DISSE QUE O MERCADO É LIVRE, TIRANDO A RESPONSABILIDADE DO GOVERNO FEDERAL.

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  • 01/02/2021 em 23:35
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    Tem volta o preço do diesel o que era na época do PT não subir mais o preço da tabela ser boa deixar a entt fazer trabalho dela de fizcali zar melhor frete pro caminhoneiros sobreviver melhor muito sofre nessas estradas não fácil essa aí e uma profissão tem ser valorizada muitos sofre pra levar alimento pra muita gente ingrata come .

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  • 01/02/2021 em 12:41
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    Iiiiiihhhh, vai ficar só no pheidinho mesmo!

    Pessoal, a saída pro Brasil é o aeroporto, o mar e as estradas federais. Vão pro Chile exercer a profissão que vocês ganham mais! Aqui é muito ladrão pra pouco dinheiro!

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