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Artigo – Os desafios do Transporte para 2022/23

Em um cenário otimista, presenciamos o recorde de 2% da taxa Selic, mesmo durante o início da pandemia, em meados de 2020. Neste momento, o setor se viu aquecido, havia filas de espera para compra de caminhões, além de implementos e equipamentos. Em época férteis neste setor, por exemplo, o e-commerce antecipou o volume em 3 anos. Já o volume de produtos provenientes do agronegócio, papel e celulose, aço, entre outros nichos exportadores, alavancaram o setor de transporte.

Mas não só de alta vive o segmento. O preço do diesel disparou 25% e dificultou a vida dos autônomos. Algumas empresas, por sua vez, não conseguiram repassar os aumentos do combustível. Quando o fazem, na maioria das vezes, é parcial e após muitas idas e vindas nas negociações.

E os desafios continuam em 2022. Com o conflito entre Rússia e Ucrânia, o impacto no combustível será ainda maior. Sem contar com as eleições presidenciais em outubro, que pode significar uma importante mudança na política de preço da Petrobras.

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Sem contar as relações entre empresas e terceirizados que devem mudar. Atualmente, os contratos entre transportadora e agregados são mais generalistas, sem mecanismo de gatilho para aumento do combustível. Portanto, os documentos deverão contemplar uma cláusula que possibilite o repasse para todos envolvidos na cadeia.

Apesar dessas variáveis, a área segue aquecida. O agronegócio ainda aparece como o carro chefe, aliado ao e-commerce. Juntos, esses dois gigantes prometem garantir a receita de 2021, que saltou 47% comparado com 2020.

Sem falar na expectativa para converter os pedidos de construção de ferrovias em realidade, o que certamente irá contribuir para equilibrar um pouco nossa matriz de transportes.

Além disso, o apetite por aquisições ou fusões de empresas, que possam agregar além do transporte convencional, se torna latente o que aponta para uma mudança na forma de pensar do empresário.

Para antecipar tendências e colocar mais pressão nos fornecedores atuais, os investimentos em tecnologia apontam para um crescimento, tanto quanto a busca de profissionais qualificados nos próximos anos. A procura poderá ir além de motorista, passando por analista e até diretor de Operação.

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Mas vale alertar que os equipamentos e implementos, principalmente para o agronegócio e celulose, devem continuar com prazos de entrega extensos, podendo chegar até 12 meses. Com prazos maiores, é necessário um planejamento estratégico que reflita ao máximo a realidade deste momento. O desafio é grande, visto tantas variáveis na equação do negócio.
Diante deste cenário, nunca foi tão importante contar com parceiros para assessorar e suportar esse crescimento, seja ele orgânico ou inorgânico.

Artigo de Alisson Fernando Segala, diretor Executivo na FK Consulting.PRO.

Rafael Brusque - Blog do Caminhoneiro

Nascido e criado na margem de uma importante rodovia paranaense, apaixonado por caminhões e por tudo movido a diesel.

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