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Conforto: qual o impacto no cotidiano do caminhoneiro?

Imagine passar o dia todo dentro da cabine de um caminhão sem o menor conforto? Suspensão dura, bancos desconfortáveis, calor ou frio em seu interior. Tudo isso contribuindo para o cansaço do motorista aumentar até que ele, exausto, se vê obrigado a parar para descansar e esticar o corpo. Essa situação era muito comum em anos anteriores e ainda é recorrente para quem trabalha com veículos muito antigos. Mas de uns anos para cá, as montadoras passaram a se preocupar mais com a questão do conforto, pois se trata de um diferencial importante para o bem-estar e para o bom desempenho do condutor.

Tanto as transportadoras quanto os motoristas autônomos devem dar especial atenção para este quesito na hora de adquirir um veículo novo ou seminovo. Afinal, em certos casos o caminhão não é só um equipamento de trabalho, mas também a “casa” do motorista. E por isso mesmo precisa ser aconchegante. Vale lembrar que a maioria dos caminhoneiros que faz transporte de longa distância dorme na cabine do veículo.

O modelo CF FAC GR-7 da DAF, com capacidade de transportar até 33 toneladas, é um exemplo de veículo confortável. O banco do motorista é equipado com suspensão pneumática para melhor absorção das trepidações e impactos dos pneus em buracos nas estradas. A cabine conta com ar-condicionado digital e no painel há dispositivos que tornam a jornada do caminhoneiro bem mais tranquila e menos cansativa como sistema de controle de tração (ASR), auxiliar de partidas em aclives, segunda cama tipo beliche, desligamento automático se o veículo estiver ocioso por cinco minutos, entre outros.

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“Quem trabalha há muitos anos rodando pelas estradas sabe a diferença que é conduzir um veículo confortável como o modelo citado e um mais antigo, duro e nada ergonômico. E não se trata apenas de cansaço e desempenho, mas principalmente da saúde do motorista. Há muitos profissionais com problemas de coluna por terem trabalhado a vida inteira em veículos projetados sem ter o fator conforto entre as principais preocupações”, comenta Hovani Argeri, diretor geral de Operação da Via Trucks, concessionária DAF com unidades em Contagem (MG), Guarulhos (SP) e São Bernardo do Campo (SP).

Argeri lembra que além desses itens de série existem outros, opcionais, que contribuem para deixar a cabine ainda mais aconchegante como geladeira, cortinas centrais, que deixam a parte de trás da cabine mais privativa e escura na hora de dormir, climatizador de teto e outros. O conforto, porém, não depende apenas do caminhão, mas também das atitudes de quem o dirige todos os dias.

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É sempre bom evitar fazer refeições dentro da cabine porque há o risco de cair alimentos no banco, cama ou assoalho gerando odores desagradáveis e atraindo insetos. Isso não impede a instalação de um microondas nos caminhões que têm espaço para isso, além de almofadas, saquinhos ou outro tipo de recipiente para descartar lixo. Higiene e limpeza são essenciais para o bem–estar de qualquer um.

“Essas pequenas atitudes somadas à tecnologia dos caminhões atuais fazem muita diferença na saúde de qualquer caminhoneiro. A viagem fica bem menos estressante, menos cansativa e o profissional percebe os benefícios com o passar do ano, pois terá muito menos problemas com doenças funcionais”, conclui Argeri.

Rafael Brusque - Blog do Caminhoneiro

Nascido e criado na margem de uma importante rodovia paranaense, apaixonado por caminhões e por tudo movido a diesel.

4 thoughts on “Conforto: qual o impacto no cotidiano do caminhoneiro?

  • Sebastião Azevedo

    Caro amigo, não sei qual foi a experiência negativa que vc teve com algum caminhoneiro mas é bom saber que um caminhão não tem a mesma retoma que um automóvel assim como também não consegue parar tão rápido quanto um carro pequeno devido o peso que carregam, o que mais vejo nas BRS em que ando são automóveis forçando ultrapassagens e correndo o risco de ser realmente atropelado pelo caminhão, lembrando que o automóvel não tem mesma visão que um caminhão por ser muito baixo e sai pra fazer ultrapassagens e faz com que o caminhoneiro freie para não acontecer um acidente batendo de frente com quem está vindo em sua direção, informo-lhe que existem vários tipos de cargas que não permite que o caminhão freie de uma vez, saia pra o acostamento pra dar passagem ou que desvie bruscamente pra não acontecer de tombar o caminhão.
    Outro exemplo são os caminhoes cegonhas que andam desviando das árvores na beira da rodovia pra que algum galho possa avarias os veículos do andar superior, então são muitas informações que vcs de automóveis não tem e que passam a impressão errada sobre alguma atitude do caminhoneiro, concordo com vc que existem alguns motoristas de caminhão que não estão preparados pra andar por ai mas garanto que existem mais motoristas de.automóvel despreparados do que caminhoneiros. Grande abraço!

  • DANILO CERQUEIRA CAVALCANTI

    Impacto mesmo só no valor do diesel kkk
    Mas eu acredito na autonomia desses caminhão são muito bom

  • Ivoneis Spiguel

    só que eles têm que se conscientizar que não são os donos das estradas, os veículos de passeio que muitas vezes eles ignoram e quase passam por cima tem crianças.

  • O melhor conforto pra mim, é a posição de dirigir!

    E muitas não pensam nisso, a maioria dos caminhões tem posição de dirigir semelhante a da Volkswagen Kombi, horrível amigo.

    A Scania e a Volvo chegaram na melhor posição, semelhante a um carro de passeio, volante na sua frente, braços descansados e na Scania você fica com a coluna bem posicionada no banco com um ótimo ajuste lombar.

    O resto é conversa fiada pra encher linguiça, motorista dorme em média 6 horas por dia e dirige 12, então o foco tinha que ser na posição de dirigir ok.

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