Total de caminhões poluentes ainda é maior do que a frota de caminhões Euro 5
Desde 2012 vigora no Brasil a norma de emissões Proconve P7/Euro 5, que exigiu uma série de mudanças nos veículos para redução das emissões de poluentes, especialmente o NOx. De 2012 para cá, foram vendidos no país 960 mil caminhões, que reduziram o total de emissões significativamente ao longo dos anos.
Apesar desses 960 mil caminhões novos entrarem no mercado de transportes no país, o número não se refletiu na saída de caminhões mais antigos, e o número somado de caminhões mais poluentes, fabricados antes de 2012, ainda é maior do que o total de modelos Euro 5 em operação no Brasil.
Dados de um estudo realizado pela Anfavea mostram que rodam pelo Brasil cerca de 1,32 milhão de caminhões que poluem muito mais, além de gastarem mais combustível e terem mais problemas mecânicos. Além disso, essa poluição gera impactos muito negativos na saúde da população, especialmente aqueles que vivem próximos de rodovias.
A frota circulante no Brasil é composta por 780 mil caminhões dotados de tecnologias Proconve P5, lançada em 2005, que limitava as emissões de gases poluentes, material particulado e fuligem, além de limitar o ruído produzido pelos motores.
As mesmas regras se aplicam aos modelos Proconve P4, de 2000 (380 mil unidades), e Proconve P3 de 1996 (130 mil caminhões). Modelos fabricados a partir de 1994 precisavam cumprir a norma Proconve P2, que limitou as emissões de gases poluentes e de fuligem. Desses, ainda são registrados cerca de 30 mil caminhões no Brasil.
Mas, para além dessa frota, ainda existem milhares de caminhões mais antigos, que rodam sem ter nenhum tipo de controle de emissões. Isso se dá especialmente com aqueles modelos fabricados antes de 1989, quando não haviam regras de emissões, que eram definidas pelas próprias fabricantes.
A partir de 2023, os novos caminhões produzidos e vendidos no Brasil precisarão seguir as novas normas de emissões Euro 6, que trazem novas exigências, como a limitação do número de partículas emitidas pelo veículo, verificação de emissões em tempo real, índice de desempenho de uso e sistema de desligamento automático do motor, em caso de marcha lenta prolongada. Além disso, o sistema de tratamento dos gases do escapamento deve durar 700 mil quilômetros, sem apresentar problemas e mantendo o mesmo nível de controle das emissões.
A previsão de vendas é boa. O mercado de transporte segue aquecido, e o número de caminhões vendidos é alto, o que deve se seguir no ano que vem, especialmente para o agronegócio, com as previsões de safras recordes.
Comparando um caminhão fabricado em 1994 com um modelo Euro 6, que começará a ser vendido no ano que vem, a redução de emissões fica na casa dos 97%.
Apesar da visível melhora, o Brasil ainda precisa renovar a grande maioria da sua frota, retirando de circulação aqueles caminhões mais antigos, de modo que permita que os caminhoneiros e transportadores que tenham esses veículos em suas frotas possam adquirir caminhões novos ou mais novos, que tenham sido fabricados há menos de dez anos.
Sem um programa de renovação de frota amplo e que funcione sendo bom para quem compra e quem vende, o Brasil continuará a contar com uma frota de caminhões antiga e poluente.
Muito cuidado com a expressão tirar de circulação, se o governo quiser tirar de operação esses veículos que pague o valor justo pelo caminhao antigo e disponibilize um financiamento com prazo e juros dignos para que aquele pobre coitado possa entregar o caminhaozinho dele e comprar um novo, sei quiser é claro, que esse pais nao é uma p**** de um pais comunista que a m**** do governo fica se intrometendo em tudo…