Wallace Landim, conhecido entre os caminhoneiros como Chorão, enviou uma carta ao Ministério da Infraestrutura, pedindo a retirada do caráter de urgência do projeto BR do Mar. Esse projeto visa incentivar o transporte de cargas por cabotagem, com navios viajando pelos portos da costa brasileira. Se a proposta for aprovada, pode ampliar a cabotagem em 60% em apenas dois anos.
Para Chorão, o projeto pode prejudicar os caminhoneiros, principalmente autônomos. Ele afirma que o projeto pode reduzir a disponibilidade de cargas de longa distância em até 40% para os autônomos.
Ele pede que sejam realizadas audiências públicas entre os caminhoneiros, Ministério da Infraestrutura e outros que estejam envolvidos no projeto.
Para Junior, do Sindicam de Ourinhos-SP, o projeto vai beneficiar os caminhoneiros, principalmente devido ao aumento da oferta de cargas para os portos e dos portos para os destinos finais das mercadorias.
“Apesar do crescimento da cabotagem nos últimos anos, esse transporte tem potencial para crescer ainda mais, perto de 30% ao ano. Com o programa BR do Mar, vamos equilibrar a matriz de transporte, nos libertar de determinadas amarras, aumentando o uso de embarcações afretadas, reduzindo custos e burocracia, além de aumentar a oferta e incentivar a concorrência”, explicou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
Câmara travou o projeto
A Câmara dos Deputados travou a tramitação do projeto, até que o Ministro da Infraestrutura e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deem informações mais detalhadas sobre o projeto, na ordem orçamentária e também concorrencial.
Redução de custos
O principal ponto a favor do projeto BR do Mar é o ganho em eficiência logística e a redução de custos do transporte de longas distâncias no Brasil, hoje realizado principalmente por carretas.
Apesar disso, para os caminhoneiros, o projeto pode não trazer prejuízos, já que ainda haverá uma grande oferta de cargas entre os locais de produção e os portos, e dos portos para os destinos finais das cargas.
Isso faria com que os caminhões fizessem viagens menores, com menor tempo entre cada uma das entregas, e também com menor tempo longe de casa.
Rafael Brusque – Blog do Caminhoneiro
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10 comentários
Tem espaço pra todo mundo e as estradas não dão mais conta , que venham os trens mais rápido possível
E a estrutura para chegar nos portos e dos portos p as entregas, onde tá?
Vai ser um caos s como: ser um gargalo pois não temos estrutura, vai ter motoristas abandonando, teremos vários tipos de greves dos portuários até aos caminhoneiros. E em épocas de férias ou feriados vamos ter q ficar parados? não vai dar p circular.
O povo brasileiro que são 220 milhões de pessoas serão os principais beneficiados com rapidez, e principalmente custos baixos, os motoristas de caminhões devem se adpatar as mudanças, como acontece em qualquer país de primeiro mundo que já utilizam este meio de transporte. Chega de corporativismo.
Tem que pensar em quantas famílias vivem do caminhão pra depois ver esses transportes fluviais e ferroviário e nós com o transporte rodoviário como fica e teria que também ver um piso de frete porque um caminhão Rodotrem hoje está custando quase 900,000 reais e o retorno está sendo muito pouco
Acho que o ministro tem que rever isso porque vai afetar o serviço a nós do transporte rodoviário governo Bolsonaro está sendo muito bom mas temos que ter garantia dos nossos empregos
Esse camarada e um lixo, safado so olha o lado dele.
Queria saber quem disse que esse bosta representa algum caminhoneiro desse pais?ele representa o lado dele isso sim
Acertou na mosca !!!
Esse Júnior do sindicam de ourinhos mais uma vez mostrando que é um baba ovos do governo.
Agora é o seguinte. Do posto de vista estratégico o ministro está certo, sou camimhineiro mas tenho que admitr que a cabotagem é mais eficaz apesar de ferrar com os caminhoneiros autônomos. Agora em relação à essa classe burra da qual faço parte eu nem falo mais nada. Se união existisse teria força para brigar por direitos mas não passam de um bando de passa fome que servem apenas de massa de manobra. E vc Caminhoneiro que leu e não gostou, não fica bravinho não pois vc sabe que é verdade.
Se os fretes de longa distancia estão defasados ….. imagina esses de curta distancia !! Basta você ficar na entrada e saida de algum porto de grande movimentacao e verificar a qualidade dos veiculos que transportam containers. Na grande maioria sao veiculo em pessimo estado de conservacao cujo o lucro do frete não é suficiente para manutencao dos veiculos.
Faz tempo que motoristas sabem onde dói o calo. Sindicatos falam a favor do projeto para não perderem a boca das contribuições, ou estou enganado.