Scania 112MC – Um modelo diferentão da Nova Zelândia
A Série 2 da Scania chegou no início dos anos 1980 na Europa, e logo depois conquistava um grande número de mercados pelo mundo. Além da robustez e durabilidade, comprovada até os dias de hoje, a linha era a primeira a ser modular, onde os componentes de um modelo poderia ser usados em outro, como portas, capô e cabine, e todas as variantes derivavam de um projeto comum.
A série é formada por modelo P, R e T, com cabines cara-chata e bicudas. Porém, como em muitos países as legislações e o gosto dos clientes são extremamente diferentes, a montadora precisou modificar seu projeto original para atender a um mercado específico: A Nova Zelândia.
O mesmo já havia acontecido anteriormente, com a série 1. O modelo LK, que também foi vendido no Brasil, é diferente da versão europeia, que tinha o eixo dianteiro mais para trás, o LB. Para a Austrália e Brasil foi produzido o modelo com eixo dianteiro posicionado quase no para-choque dianteiro.
Entre 1985 e 1986, a Scania também produziu uma linha única de modelos Série 2, chamados de T112MC. Apesar de poucos dados disponíveis sobre o modelo, as imagens impressionam.
De acordo com a história, esses caminhões foram produzidos por encomenda para a empresa British Petroleum na Nova Zelândia. Os caminhões saíram de fábrica com entre eixos maior, de 4.790 mm, o que fez o eixo dianteiro ser deslocado para frente.
Por conta da mudança no posicionamento do eixo, o capô também precisou ser modificado, ficando bastante diferente da versão tradicional. A cabine não precisou de muitas alterações, pois permaneceu posicionada no mesmo local sobre o chassi das versões normal. Apenas um aplique de fibra foi adicionado para fechar o espaço que seria ocupado pelo para-lama normal. Outras mudanças foram nos degraus da escada, que ficaram bem maiores.
O modelo também conta com rodas de 10 furos em alumínio, com pneus 11R22.5, e saia de fábrica com o motor DSC11-01, de 11 litros e 333 cavalos de potência, com câmbio GR871 de 10 velocidades. Todas receberam cabine simples, voltadas ao transporte de curtas e médias distâncias.
Não se sabe ao certo quantas unidades foram produzidas para o mercado neozelandês, mas a maioria já foi sucateada.
Rafael Brusque – Blog do Caminhoneiro