Foremost Husky 8 é um caminhão preparado para enfrentar qualquer terreno
O norte do Canadá e Alasca são cobertos por neve na maior parte do ano, mas, quando começa o degelo, milhares de quilômetros quadrados de terra viram pântanos, ou, como os locais chamam, muskeg, que é uma mistura de água, terra e matéria orgânica, extremamente mole, que não permite o uso de veículos convencionais sobre ele.
Vendo esse problema, Bruce Nodwell desenvolveu um novo conceito de veículo em 1955, construído sobre imensas lagartas, que conseguiam se sustentar sobre o muskeg, pântanos e neve sem dificuldade. Em poucos anos, o Nodwell 110 passou a fazer sucesso com empresas de exploração de petróleo, e mais de 1.500 unidades foram vendidas em poucos anos.
Mas a necessidade de veículos maiores para o transporte de cargas mais pesadas fez a empresa, que se tornou Foremost na década de 1970, passar a desenvolver novas variantes de veículos, e, com o passar do tempo, nasceu a linha Husky.
Os Husky, atualmente na oitava versão, são grandes caminhões construídos sobre esteiras, próprios para o transporte de cargas pesadas em locais inóspitos. O veículo tem quatro esteiras, que tem suspensão independente, garantindo que haja contato constante com o solo, e a cabine é elevada e avançada, permitindo a passagem sobre água ou lama com mais de 1 metro de profundidade.
Eles são equipados com motores Caterpillar C13, de 12,5 litros e seis cilindros em linha, com 440 cavalos de potência, acoplado a uma transmissão automática Allison 4500 RDS, com bloqueio e retarder.
Além de suspensão, as esteiras podem ser esterçadas, como acontece em escavadeiras hidráulicas, garantindo ótima manobrabilidade do veículo. Cada esteira tem 1,43 metro de largura.
O comprimento total é de quase 15 metros, com 3,63 metros de largura e 3,81 metros de altura, e os tanques tem capacidade para 1.050 litros, permitindo grande autonomia.
O veículo ainda pode receber ar-condicionado com sistema de aquecimento, e diversos opcionais, e a cabine pode ter de dois a seis lugares, dependendo da necessidade de cada cliente.
Rafael Brusque – Blog do Caminhoneiro