Ricardão – O eficiente guarda de trânsito da Marginal Tietê na década de 1990
Há quase 30 anos, a Marginal tietê já era uma via muito movimentada em São Paulo. O gigantesco número de carros, caminhões e ônibus que circulavam pela via diariamente praticamente não tinham fiscalização, e, em média, todo dia morria uma pessoa no trânsito do local.
Como não haviam tecnologias de fiscalização automatizada dos motoristas, como acontece hoje dia com os radares, um agente da Companhia de Engenharia de Tráfego deveria ficar de plantão, multando os motoristas infratores manualmente. Mas o efetivo era pequeno para o tamanho do problema.
Vendo soluções desenvolvidas em outros países, Ricardo Teixeira, ex-gerente operacional da CET, teve a ideia de adquirir manequins e vestir com uniformes oficiais. Os bonecos ficariam em guaritas colocadas estrategicamente, para que os motoristas achassem que estavam realmente sendo fiscalizados e reduzissem a velocidade.
O nome, inclusive, é uma espécie de homenagem a Teixeira, e foi criado por Gilberto Lehfeld, ex-presidente da CET, em uma coletiva de imprensa, respondendo a um repórter se o boneco tinha nome.
O time de agentes especiais tinha 10 Ricardões, que ficavam em várias guaritas da região. Funcionou por algum tempo. Os motoristas acreditavam nas falsas fiscalizações ou apenas reduziam a velocidade para ver os bonecos “trabalhando” nas guaritas.
Tempos depois, o Ricardão ganhou a companhia de Suzi, uma manequim de batom, peruca preta e óculos. Os Ricardões e a Suzi foram usados entre 1993 e 1997. Apenas um dos manequins foi guardado, e era usado eventualmente em algumas ocasiões especiais. Hoje está guardado em um depósito da CET.
Rafael Brusque – Blog do Caminhoneiro
A fiscalização não salva vidas ela só rouba dinheiro dos motoristas, os acidentes acontecem até hj….