Willeme WR8 – O caminhão único usado para testes de pneus em altas velocidades
A empresa Willeme já era uma veterana quando foi chamada pela Michelin para o desenvolvimento de um caminhão único, o WR8, que seria usado para testes extremos de pneus de caminhões.
A Willeme começou a sua história logo depois da Primeira Guerra Mundial, reparando caminhões militares que ficaram como sobras de guerra ao final do conflito. Ao longo dos anos, trabalhou em vários modelos militares, e caminhões especiais para o transporte de cargas super pesadas.
Mas em 1958 foi apresentado o caminhão mais curioso produzido pela empresa, que teve apenas um unidades produzida. Encomendado pela Michelin, o caminhão foi desenvolvido sob uma série de exigência, especialmente quanto à velocidade.
Era necessário um caminhão que pudesse transportar cargas normalmente, mas com aerodinâmica aprimorada e que chegasse aos 150 km/h. O WR8 é um caminhão que parece ter uma cabine de avião. E a inspiração é essa mesmo, para se obter o máximo em aerodinâmica.
Chamado oficialmente de Willeme-Michelin WR8 Type LD 910, o caminhão tinha um capô muito longo e estreito, não haviam paralamas e a cabine tinha o parabrisa muito inclinado.
Abaixo do capô, um motor a gasolina, com oito cilindros e 18,05 litros de cilindrada, um gigante de 240 cavalos de potência, que aliado a uma caixa de câmbio manual de seis velocidades garantia a velocidade máxima de 150 km/h, e também sobrecarregava o eixo dianteiro, algo ideal para os testes com os pneus.
A Teilhol foi a empresa responsável pelo desenvolvimento da cabine, e usou peças de carros para acelerar a produção, como o pára-brisas Citroën DS.
Dentro da cabine ia o motorista e um cientista, analisando os dados de desempenho do caminhão e dos pneus.
A carroceria, mais estreita que o tradicional, transportava uma carga de lastro, de barras de aço, para garantir o peso máximo para os pneus.
Durante muitos anos, o caminhão rodou milhares de quilômetros na pista de testes Ladoux Michelin, na França, e mais ou menos na década de 1980, ele foi aposentado.
Parado por anos em um galpão, o caminhão se deteriorou bastante, mas passou por uma restauração completa em 2005, participando até hoje de eventos pela Europa.
E um ótimo pneu pena que não está pra qualquer bolso
LOUVÁVEL essa pesquisa centenária para garantir a qualidade dos pneus
LAMENTAVEL que em pleno século 21 não acham jeito de evitar que o pneu da marca rache no talão
Perguntem a qualquer um