ARTIGO: Queda na Disponibilidade de Motoristas Profissionais no Mercado Brasileiro

No início de 2020 já havia uma grande expectativa na necessidade de mão de obra especializada para condução de veículos pesados. Com a chegada da pandemia esperava-se que este cenário não ocorreria, porém ele se confirmou e evidenciou um grande problema no mercado brasileiro. Muitas empresas de transportes descambam a deixar seus veículos ociosos por falta de profissionais havendo um atraso ou parada no escoamento de produtos, equipamentos, commodities e implementos.

A análise é baseada na queda no número de novos motoristas habilitados nas categorias C e D e E, portanto, não ocorrendo a renovação da mão de obra a queda chega a 18% entre 2015 e 2020 a nível Brasil e 28% no Estado de São Paulo no mesmo período.

A idade média dos condutores à 10 anos atrás era entre 40 e 50 anos e hoje por não estar ocorrendo a renovação da forma esperada está entre 50 e 60 anos de idade. Com isso levanta-se diversos fatores que influenciam maiores cuidados a saúde e possíveis complicações, avaliando a faixa de novos condutores com idade entre 18 e 21 anos a queda chega a mais de 64% e permanece desta forma na faixa dos 22 aos 25 anos de idade. Portanto requer uma atenção das autoridades públicas para que haja incentivo na manutenção desta mão de obra tão importante para o mercado brasileiro.

A não renovação se dá por diversos motivos um deles é a falta de incentivo ao condutor para realizar o trabalho de forma eficiente. Haja vista que o reconhecimento e satisfação desses profissionais estão em baixa e infelizmente temos visto poucos casos deste tipo. As empresas não enxergam que é necessário investir em programas de incentivo ao condutor como o que a Telemetry se propõe a fazer gerando de fato autogestão e satisfação para que o condutor possa ter em mãos (no celular) a atualização de seu perfil e tudo que está executando de forma errônea, não só isso mas também a possibilidade de registrar as ocorrências mecânicas e ter de fato agilidade na correção dos problemas, tudo isso quando não acontece vai desgastando o colaborador e acaba gerando insatisfação, estresse entre outros problemas.

O surgimento de projetos direcionados aos condutores e boa formação dos novos, envolvendo ferramentas e as novas tecnologias, salários atrativos, incentivos a retomada da profissão por novos integrantes no mercado de trabalho certamente haverá um refortalecimento da profissão e aquecimento de toda uma cadeia produtiva no mercado brasileiro.

Artigo escrito por: Tiago de Lima Ferreira, Engenheiro Mecânico Especialista em Telemetria e Projetos, e Diretor de Negócios – Telemetry

Rafael Brusque - Blog do Caminhoneiro

Nascido e criado na margem de uma importante rodovia paranaense, apaixonado por caminhões e por tudo movido a diesel.

16 thoughts on “ARTIGO: Queda na Disponibilidade de Motoristas Profissionais no Mercado Brasileiro

  • 27/11/2020 em 11:14
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    Gente a realidade é uma só, resumindo,o que se planta se colhe,a tempos patrões e sindicatos em colunho e parcerias se ajuntaram com o objetivo de lesar, manipular, extorquir toda a classe de condutores de veículos de carga,passageiro e em todos os âmbitos, com politicas de salários combinados entre empresas e sindicatos, visando sempre o lucro de ambos, menos o condutor, cortando benefícios na cara dura que incentivava o condutor, um acúmulo absurdo de horas trabalhadas contando com o olhar despercebido propositoriamente dos órgãos competentes, ou seja toda ação tem uma reação e isto é fato,simplesmente os escravos do volante estão dando um basta,profissionais tem e muitos, só que estes não querem mais,…….sindicatos, empressarios do ramo e outros mais,,,toma que o filho é teu,,,ou seja revejam o que vcs fizeram quem sabe um dia vcs possam mudar o que vcs criaram………

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  • 27/11/2020 em 10:48
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    Digo más ser um profissional do volante está no sangue, nasce pronto e não adianta os jovens de hoje são poucos q tem este talento.

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  • 27/11/2020 em 10:45
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    Sr Tiago de Lima meus parabéns pela sua matéria, é a pura verdade, não faltou nenhuma palavra.

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  • 26/11/2020 em 18:39
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    Tá precisando de motorista, agente vai na empresa eles querem só quem tem experiência, eles acham que todo mundo já nasceu sabendo, preferem deixar carreta parada do que dar oportunidade pra quem tá começando, desse jeito sempre vai precisar mesmo, pra ter experiência tem que ter a primeira oportunidade, muitas caras igual eu em busca da primeira oportunidade e não consegue, só olha o Ládo deles vai chegar uma hora que ninguém mais vai querer isso ilusão, muito sofrimento e pouco reconhecimento.

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  • 26/11/2020 em 13:11
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    O problema da falta de motorista não é só pelo salário e benefícios, é também pelo tratamento desumano que recebemos de clientes e gerenciamento de risco. As empresas adotam certas medidas a pedido dos clientes. Um deles é a Brasil Foods (BRF) que obriga as empresas a colocarem câmeras voltadas para vigilância dos motoristas. Se o motorista bocejar de frente a câmera ele é punido ou demitido. A Unilever de Louveira, o motorista é proibido de pernoitar lá depois que recebe a nota fiscal das mercadorias. Pode ser meia noite ou 1:00 da manhã, o motorista tem que sair das dependências da empresa. Tem clientes que não nos permite fazer nossas refeições em seus refeitórios, (mesmo a gente pagando). Esses e outros motivos nos levam a desgostar da profissão.

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  • 26/11/2020 em 12:46
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    Sem contar que acham que somos peça de caminhão,que não merecemos descanso, trabalho árduo e sinceramente já penso em mudar de profissão há muito, muito tempo. Só querem faturar e reconhecimento zero., será que não enxergam que somos os membros superiores de suas empresas?

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  • 26/11/2020 em 11:19
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    Bom dia galera eu tenho visto algumas formas em que os colegas da profissão, relatam a não ter uma oportunidade para fazer parte do quadro de funcionários de das empresas,é que elas não está nem aí para quem não tem experiência na área ,em que se refere a veículo articulado sempre foi assim mais hoje em algumas empresas já se fala em escolinhas para treinar motorista de carreta. O que continua ruim é um salário diguino para cumprir as metas em que eles nos obriga a fazer. Somos o verdadeiro Severino o fais tudo, que para fazer o que eles não dá, essa é a minha opinião, condutor de veículo pesado essa é minha profissão.

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  • 26/11/2020 em 11:02
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    As empresas não querem profissional,na verdade querem ESCRAVOS. Pois tem que ficar longe da família muitos dias, sem nenhum plano de saúde sem um salário digno, e sendo maltratado e umilhado por várias pessoas durante seu dia de trabalho. Ninguém merece isso.

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  • 26/11/2020 em 10:26
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    Bom dia, tô querendo entrar na profissão mais já tô vendo que vai ser muito difícil, em toda empresa que passamos só quer motorista experiente, então oque sobra pra muitos iniciante como eu? As empresas deveria ter um olhar mais crítico para os iniciante, tenho 29 ano e tem muito como eu querendo uma oportunidade querendo eles ou não somos os futuros motoristas desse país….

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  • 26/11/2020 em 10:14
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    As transportadoras não hesitam em gastar 1 milhão na compra da carreta mas pra pagar o motorista e. Dar boas condições de trabalho pensam 10 vezes. Ainda por cima essa geração de motoristas esta se acabando e os jovens não querem saber de receber um salario baixo e passar vários dias fora de casa. A tendência é só piorar.

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  • 26/11/2020 em 09:41
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    Não falta motorista. Falta empenho e vontade de dar oportunidade. Sou motorista de ônibus 14 anos. Desempregado. Já mandei mais de 20 curriculos. A maioria nem visto.

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  • 26/11/2020 em 07:11
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    Bom dia , na minha opiniao o salario baicho e um dos fatores que muitos abandonaram a profissao .
    Por que quando o salario e bom o profissional se desloca de qualquer lugar do pais, are mesmo fora do pais ,pague bem pra ver se nao acaba a falta de motorista.

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  • 25/11/2020 em 21:59
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    Não existe falta de motorista por opção nossa(motoristas).O que existe é falta de remuneração e falta de oportunidade aos que desejam trabalhar mas ninguém da oportunidade pq o candidato na tem.experiencia em CTPS.Sou do Ônibus Rodoviário e pretendo passar p a carreta mas já sei as dificuldades que vou encontrar pq ninguém.da oportunidade

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  • 25/11/2020 em 16:18
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    Boa tarde

    Tenho carta AE curso Mopp trabalhei 7 meses como motorista canavieiro e vinhaça durante a safra na usina no ano 2020 …já levei vários currículos e mandei nos e-mails das empresas e até agora nada 98% delas nem respondeu os e-mail …só gostaria de trabalhar só isso trabalhar…na minha opinião as empresas deveriam dar mas oportunidade para quem está começando que é o meu caso…mas não vou desistir uma hora vai dar certo 🙏

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  • 25/11/2020 em 15:48
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    mas também com esses salário que se paga no Brasil e sem contar exploração dos motoristas e ainda querem arrumar motorista não arruma de jeito nenhum vai faltar mesmo o salário é muito pouco e a carga horária é de mais e um exploração.

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  • 25/11/2020 em 11:43
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    Neste momento de Pandemia onde as Empresas de Ônibus Rodoviários demitiram em massa, há centenas de Motoristas Profissionais Habilitados com categoria (E) que em sua maioria expressiva já trabalhou com caminhão, e poderia ser treinados e aproveitados para trabalhar na função . O problema é a falta de visão dos Recrutadores e patrões Na minha opinião que sou do seguimento todo motorista que atua em Rodovias interestaduais devidamente habilitado e capacitados tem, tranquilamente condição de aproveitamento no seguimento .
    Eu mesmo estou na Rodovia a mais de 20 anos e
    no momento estou parado! Já enviei currículo, ficha a mais de 20 Empresas, mas sou ignorado Fazer o que?

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