Caminhões FNM eram produzidos com diversas cabines diferentes
O design de qualquer veículo é uma das características mais trabalhadas pelas montadoras desde sempre. É a cara do carro ou caminhão que muitas vezes é fator decisivo para a compra e também para a criação de laços com os clientes.
Mas uma das montadoras mais famosas do Brasil, inicialmente, não tinha uma padrão único de design para as cabines. Trata-se da Fábrica Nacional de Motores, a FNM, que produziu caminhões por aqui até a década de 1970.
Nos primeiros anos de atuação, a montadora produziu caminhões Isotta Fraschini, importados em CKD da Itália, e montados no Rio de Janeiro. Foram produzidas cerca de 200 unidades, mas a fornecedora faliu.
No ano de 1952 a produção foi retomada, dessa vez em parceria com a Alfa Romeo. Inicialmente, os caminhões eram fabricados com todas as peças fornecidas pela empresa italiana, inclusive as cabines, mas, nos anos seguintes, com o aumento da produção, novos modelos surgiram.
As primeiras cabines modificadas do projeto italiano foram a 800 BR, e a Standard normal e intermediária, que equipavam os caminhões D-9.500.
A partir de 1954, diversas outras empresas entraram na jogada, como a Inca, Brasinca, Metro, que era a única com abertura “normal” das portas. Todas as outras abriam de forma “suícida”. Outras fornecedoras foram a Caio, Cermava , Drulla, Rasera, Fielder, Gabardo.
Essa quantidade de fornecedores acabou criando modelos muito diferenciados dos mesmos caminhões, com característica únicas.
Boa parte dessas fabricantes forneciam as cabines diretamente à FNM, que concluia a montagem ainda em sua fábrica.
Outros modelos eram usados para reposição, especialmente em veículos acidentados.
Outra linha de cabines, bastante raras, são as fora de estrada. Produzidas por empresas como a Irmāos Amalcabúrio, de Caxias do Sul-RS. Essas cabine eram cortadas pelo meio, e foram vendidas para diversas operações pelo Brasil.
Posteriormente, com o avanço da tecnologia de estampagem de chapas na FNM e aumento da produção, a quantidade de cabines foi sendo reduzida, e, já no final da década de 1970, a maioria dos FNM eram produzidos com a cabine Standard.
Hoje em dia, os caminhões equipados com essas cabines mais antigas, cada uma contando com suas características próprias, são muitos buscadas por colecionadores, e se tornaram itens muito caros.
O papa-fila era da Cermava, a FNM só fabricou o cavalo sem a cabine.
Só saudades! Tristeza por um País que não dá mão a indústria🇧🇷🇧🇷.Vem a estrangeira produz por um tempo, enche se dinheiro cai fora, ainda difama o País.
Gostaria de saber sobre o papafila que era ônibus carreta
Todos muito belos!