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Kenworth W900 ainda é produzido somente para agradar os caminhoneiros norte-americanos

O Kenworth W900, é um modelo que entrou em produção no ano de 1961 nos Estados Unidos. Ele fazia parte da nova linha da montadora, junto com o K100, modelo de cabine frontal. O K100 deixou o mercado há vários anos, mas o W900 segue em produção, comemorando 60 anos neste ano. No início, o modelo tinha um capô estreito e um grande espaço para o motorista.

O W do nome do modelo se refere à Edgar K. Worthington, um dos fundadores da empresa. O W900 é um dos caminhões mais antigos ainda produzidos no mundo, e está em linha de produção basicamente para agradar ao gosto dos caminhoneiros dos Estados Unidos.

Apesar de ter sido atualizado algumas vezes, recebendo alterações leves no design, motores maiores, mais tecnologia e segurança, o caminhão segue mantendo o estilo tradicional de 60 anos atrás, com mostradores analógicos no painel, cromado, muito cromado, e a gigantesca cabine.

A última grande atualização de design no modelo aconteceu em 1982. Desde então, pouca coisa muda no design consagrado, mas o caminhão recebe atualizações nos motores, para cumprir as normas ambientais mais rígidas.

Esse modelo também não é negociado em grandes lotes para transportadoras, sendo vendido em unidades individuais, principalmente para proprietários-operadores, os caminhoneiros autônomos dos Estados Unidos.

Em 2018, a KW apresentou o W990, um caminhão que deveria substituir e encerrar a gloriosa carreira do W900. O novo modelo traz um design clássico, mas misturado com elementos dos caminhões mais modernos da montadora, como o T680. Como não foi aprovado pelos caminhoneiros, os dois modelos seguem em produção juntos.

Por ser um projeto antigo, o W900 é produzido de forma mais manual, e recebe acabamentos de melhor qualidade, acertando em cheio no gosto dos motoristas.

Ele tem cabines simples, para operações de curta distância, ou modelos como a Aerocab Aerodyne Studio Sleeper, com mais de 2 metros de comprimento e 2,18 metros de altura, que pode receber ampla cama, mesa, armários, forno, geladeira e outros itens ao gosto do caminhoneiro.

O estofamento dos bancos e forração do interior é costurada à mão, garantindo mais exclusividade e luxo para o caminhoneiro. Também está disponível um pacote para instalação de TV, e som de última geração. Para se ter uma ideia da tradição do modelo, a última atualização do folheto técnico do caminhão aconteceu em 2009! Acesse CLICANDO AQUI.

Por ser tão exclusivo, com uma produção baixa, o modelo custa mais que modelos como o T680, que é construído em massa. O valor estimado da versão top de linha do W900 chega aos US$ 200 mil, pouco mais de R$ 1 milhão em conversão direta, enquanto um T680 saí por US$ 169 mil, cerca de R$ 890 mil.

E não é só a Kenworth que mantem modelos clássicos em suas linhas de montagem. Outras montadoras seguem o mesmo caminho, e mantém vivos aqueles modelos que moram nos sonhos dos caminhoneiros dos Estados Unidos.

Rafael Brusque – Blog do Caminhoneiro

Rafael Brusque - Blog do Caminhoneiro

Nascido e criado na margem de uma importante rodovia paranaense, apaixonado por caminhões e por tudo movido a diesel.

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