HISTÓRIA DA ESTRADA – VIRANDO A NOITE NA RODAGEM
Virar a noite na rodagem.
É cansativo, nem me fale.
A cada dois dias uma viagem.
Dirijo cavalo trucado Agrale.
Essa montadora gaúcha.
Resolveu fazer extrapesado.
Quarenta toneladas ele puxa.
Qualquer semirreboque é levado.
Se falarem mal desse cavalo.
Vou pedir para que se cale.
É tão bom poder guia-lo.
Poderoso cavalo Agrale.
Carreteiro bom, trabalho não recusa.
Não há motorista que muito não rale
No banco do carona levo minha musa.
Rodo feliz dirigindo o cavalo Agrale.
Se a viagem é perigosa e difícil.
Peço para que o transportador me escale.
A bordo do meu cavalo não há sacrifício.
Enfrenta qualquer desafio o cavalo Agrale.
Descendo a serra com semirreboque.
Uso freio motor para que não embale.
Botão no painel dou suave toque.
Ligo a tração no truck do cavalo Agrale.
Esse estradeiro é maravilhoso.
Subindo serra ou descendo vale.
Motor dá conta, é vigoroso.
Poderoso cavalo mecânico Agrale.
Estradas com muito barro e lama.
Não há obstáculo que me abale.
Esse caminhão constrói sua fama.
Resistente e confortável cavalo Agrale.
Para andar junto com esse cavalo.
Não há outro cargueiro que se iguale.
Bons freios conseguem pará-lo.
Me sinto seguro a bordo do cavalo Agrale.
Nas noites escuras de inverno ou verão.
O destino da carga, que alguém me assinale.
Em qualquer estrada dessa imensa Nação.
Faço transporte no meu cavalo Agrale.
Ao ver um cavalo mecânico tão bonito.
De desejo, não há olho que não se arregale.
Alguns mais empolgados o chamam de mito.
Virou unanimidade o caminhão Agrale.
Depois de narrar minhas aventuras pelo Brasil.
Vou contar algo, mas por favor não espalhe.
Tudo foi mentira de primeiro de abril.
Infelizmente não existe cavalo mecânico Agrale.
Autor: Roberto Dias Alvares
Que pena ser primeiro de abril,fiquei curioso pois sou fã da marca